quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O GOLPE NA EDUCAÇÃO.

CUNHA, Luiz Antonio; GÓES, de Moacir. O Golpe Na Educação. 11ª, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro. 89


Um dos assuntos mais abordados na contemporânedade é a problemática da educação como produto estabelecido para sociedade, seja pela necessidade exigida com as céleres mudanças existente no século XXI, seja pela realização pessoal e profissional do individuo socialmente ativo.

Para fomentar sobre esse pertinente assunto, foi desenvolvido uma crítica sobre a obra “ O Golpe Na Educação”, dos renomados autores; Luiz Antonio Cunha Sociólogo de formação, professor da PUC, FGV e Unicamp e atualmente titular de educação brasileira na UFRJ. e Moacir de Góes, político , defensor da educação e da cultura, anistiado como professor, juntos fazem uma viagem no contexto histórico brasileiro a partir da década de 50/60 passando pela década de 70 até chegar ao final da década de 80.

Os autores levam em consideração, sempre, a economia, a sociedade e a política para abordar as nuanças que a educação passou no decorrer dessas décadas, mostrando os regressos e avanços que o nosso sistema de ensino obteve para que a educação fosse desenvolvida em beneficio da população brasileira.

Neste livro, ambos os autores, mostram fluência no saber político, no saber histórico e bem como no saber educacional, pois os remetem na instrumentalização das idéias em que as discussões são construídas.

Após fazer as primeiras alusões ao contexto histórico – político- cultural e social em que se encontra a decadente educação no período entre 50/64, seguem com suas discussões pertinentes sobre a questão do debate em relação a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que até então não era vigorada, pois havia vários empasses para a efetivação dessa lei, tanto do poder público quanto do poder privado.

Outro fator importante nessa obra é a de constatar a importância dos movimentos culturais e educacionais que a população promoveu nesse período da história do Brasil, em especial da História Educacional brasileira, pois houve participação em massa da população em diversos movimentos em prol uma escola de qualidade.

Nos quais os autores citam situações em que alunos, professores, reitores, e pessoas que faziam parte de um ideal de educação popular, foram perseguidos e demitidos de seus cargos por quererem revolucionar a educação para que esta contemplasse as necessidades da sociedade como um todo, e não apenas uma parcela “dominante” da sociedade.
Com um quadro estruturado sobre a situação educacional e político – histórica do Brasil, a obra vai evoluindo com a reflexão e ganha novos contornos no que concerne a análise crítica sobre o fazer educacional, que até então não existia, pois no período do golpe militar a mesma não passava de um negócio lucrativo para os defensores do privatismo. Muitas revoltas e repressões existiram em defesa da educação, poucas conquistas e muitos desafios foram travados para que a educação viesse ser algo democrático e autônimo.

Essa democracia e autonomia que há muitos anos os educadores clamam ainda está em evolução, pois agora, nas duas últimas décadas, que estão desenvolvendo idéias e projetando-a para que se obtenham resultados satisfatórios na qualidade de ensino-aprendizagem.

Até porque, houve um processo de qualificação profissional, nas décadas 70/80, voltado para o tecnicismo, esse se tornou um fracasso, pois não atendia as necessidades pertinentes à educação, com o passar dos anos teve – se a necessidade de superar essa forma de qualificação, surgindo então um ideal de ensino voltado para o que Paulo Freire defendia, desde a década 60, para à contemplação da educação a partir da realidade do individuo em formação, para que a mesma pudesse intervir nessa realidade na construção da autonomia de cidadão para a interação social.

Mas antes que este pensamento fosse incorporado de maneira singular no ensino brasileiro, a crise ainda permaneceu e ainda permanece no sistema de ensino, pois não só foi a escola básica que estava sendo avaliada como uma instituição fracassada, a universidade também sentiu ameaçada pela ditadura militar, correndo sérios riscos de se tornar uma reprodutora do conhecimento, pois surgiu a idéia de se desenvolver a mesma dinâmica de ensino para todas as universidades de ensino, deixando de lado a realidade local da sociedade.

Diante disso, fez necessário desenvolver uma lei de reforma universitária para que implementasse o crescimento do ensino superior, porém mais uma vez, o beneficiado com essa reforma foi o setor privado que encontrou uma demanda que a universidade pública não tinha condições de suprir.

É pertinente desenvolver trabalhos que reflitam na crise educacional em que o Brasil sempre enfrentou, e se perceba a evolução do desenvolvimento educacional no decorrer dessas décadas. Esses dois autores foram ao bojo da situação para mostrar os fatos que induziram as mudanças na educação brasileira, pois só assim conseguirá a tão almejada valorização educacional.

Uma das conquistas realizada durante esse período, é a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que pontuou várias necessidades determinantes ao ensino fundamental, médio e universitário, inclusive a qualificação e competência do profissional em educação.

Muitas mudanças precisam ser feitas para autonomia e democratização do ensino brasileiro e novas leituras estão construindo na promoção do conhecimento, pois resultados apontam a uma melhoria gradativa do funcionalismo da educação pública, se faz preciso que novas discussões surjam, sempre, na defesa de uma educação gratuita, publica e laica nas escolas e universidades brasileiras.

Nazarete Mariano

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

reflexão

Resgatando valores

REFLEXÃO – Resgatando valores
Nazarete Andrade Mariano

Há muitos anos pensou-se a educação como mera transmissão e reprodução de conteúdos prontos e a acabados, a partir dos meados do século XX, novas discussões nortearam essa prática, buscando novas práxis pedagógicas de ensino e aprendizado, sair do ensino que trabalha apenas seu conteúdo de forma isolada, para desenvolver estratégia de ensino que contemple as nuanças do saber de forma plural, levando em conta o contexto do aluno e a interação dos outros profissionais em educação na (re)adequação do saber.
Para seguir essa nova prática, faz-se necessário fomentar o ensino de maneira que subsidie as necessidades que a escola precise, para que o educador interaja sempre com os demais profissionais em educação e não resuma sua práxis em livros didáticos, limitando – se a apresentar apenas os conteúdos sem levar em consideração as necessidades mais urgentes que o educando evidencie.
As marcas provocadas pelas novas descobertas do último século, ocasionaram uma série de transformações que se refletem sobre a educação como um todo, conferindo-lhe outras características, as quais implicaram no repensar das ciências e seus conteúdos.
Neste contexto, a escola chega ao século XXI com interesses renovados, procurando rejuntar ciências e humanidades e romper com a oposição entre natureza e cultura, para não sucumbir na inércia da fragmentação, revelando as práticas sociais dos diferentes grupos que nela produzam, sonham, lutam, vivem e fazem a vida caminhar, buscando entendê-las em diversas escalas: local, nacional e internacional, aproximando-se com o cotidiano dos alunos, pois a vida fora da escola se apresenta atraente, porque é cheia de mistérios, emoções, desejos e fantasias, por essa razão, frente ao mundo contemporâneo, deve textualizar novas leituras de vida, para pensar a sociedade em que está inserida numa totalidade na qual se passam todas as relações cotidianas.
Nessa perspectiva, a educação formal tem compromisso de abrir canais de inclusão dos indivíduos para viabilizar este processo objetivando promover o pleno desenvolvimento dos educandos, preparando-os para o exercício da cidadania, ampliando as responsabilidades que os conduzam a autonomia necessária ao cidadão contemporâneo. Para tanto, a escola precisa assumir sua função, oportunizando o conhecimento que o subsidie e lhe sirva para melhor entendimento da sociedade, melhor convívio e participação em todas as esferas que atua ou venha atuar.
O educador é um profissional cujo papel transcende a matéria que ele trabalha. Além da competência intelectual, de ajudar os alunos a compreender certos assuntos, ele mostra, expressa e trabalha – direta e indiretamente – valores, visões de mundo, sentimentos, modelos de vida. Quanto mais ele aprende a integrar tensões e contradições, melhor mostrará aos alunos como fazê-lo no dia a dia. Quanto mais avança na compreensão do mundo, no equilíbrio emocional, na capacidade de trocar afeto, mais ajuda os alunos a acreditarem em si mesmos, a quererem avançar também, a terem esperança no futuro. ( José Manuel Moran )

O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das belezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo, como salienta-nos Paulo Freire, quando nos diz sobre a importância da leitura para a construção do sujeito participante de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua própria história.
Fazendo o recorte da citação de Paulo Freire, percebe-se que a educação do futuro exige um esforço interdisciplinar e transdisciplinar, que se apresentam como um fator de esperança e transformação, não apenas permitindo o acesso ao conhecimento, à participação, mas propiciando condições para que os alunos assumam responsabilidades de seus atos e de suas mudanças que fizerem acontecer.
Segundo o filosofo da linguagem Bakhtin, quanto ao processo de formação do eu, é percebido em 3 categorias: “ O eu para mim, como eu percebo minha própria consciência; o eu para os outros, quando me percebo aos olhos dos outros; e o eu do outro para mim, como percebo o outro.” Com isso , é necessário, aos professores que atuam da educação básica, a consciência de que se pode construir novas relações consigo mesmo, com o outro e com o mundo, a partir de um processo educativo que desenvolva ações que correspondam aos anseios dos alunos, que se encaminham para séries posteriores com o baixo nível de compreensão e representação tornando-os menos cultos, isto é, incapazes de saber o que são e onde estão, substituindo, a meditação por uma inteligência superficial.
Contudo, é urgente teorizar a vida para que o aluno possa compreendê-la e representá-la melhor e, portanto, viver em busca de seus interesses, ciente de que o bem-estar individual perpassa pela coletividade.
Partindo desse entendimento lógico, de que educar não é transferir conhecimentos, o edcuador Paulo Freire exorta-nos:
É exatamente nesse sentido que ensinar não se esgota no “ tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. Essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e educandos criadores, instigadores inquietos e rigorosamente curiosos, humildes e persistentes.

Segundo essas tendências o educador pode criar novas possibilidades e re-significações, fazendo recortes a partir dos segmentos sociais em que o educando está inserido para que o aprendizado seja eficiente e sem traumas, renovando com isso, o cenário educacional, a partir dos diversos gêneros, na constituição de uma base solidificada para o educando.
Para Piaget “... cada disciplina emprega parâmetros que são variáveis estratégicas para outras disciplinas”, ou seja, que uma disciplina deve interagir com outras, desenvolvendo conhecimento sociocultural na evolução humana.
Para tal, interdisciplinaridade deve fazer parte do contexto escolar de forma ativa e singular, para que a escola possa repensar que cidadão a mesma está formando e para que sociedade esse irá atuar, na contemplação dos princípios e valores humanos, tornando-se elemento “vivo”, que penetra e solidifica a interação humana.

Reflexão Dos Sonhos aos ares

Texto Referente atividade de execução 4 – Dos sonhos aos ares” - Unidade I



Falar da evolução tecnológica é sobre tudo falar sobre a evolução do homem, pois sabe-se que houve três grandes revoluções mundial; a revolução francesa, a revolução industrial e na contemporaneidade a revolução tecnológica.
Ao fazer a analogia entre o filme “ Dos sonhos aos ares”, no qual, retrata a evolução da aviação, criada por Santos Dumont, observa-se o quão gigantesco foi o sonho do homem, e que este fez jus, criando asas às suas necessidades, buscando outros horizontes, desbravando o céu antes não ousado, pode-se contemplar que a evolução se deu em diversas áreas; na automobilística, na aérea, na informação e porque não dizer na educacional .
Urge fomentar tal evolução para entender a própria evolução humana, que não se limitou nos sonhos de Dumont, ao criar o seu famoso 14Bis, mas na criatividade e ousadia de buscar novos caminhos para que a ciência tecnológica pudesse avançar e ganhar contornos que até então não se imaginava.
Discutir sobre a era da informação no tempo em que a mesma é a palavra da ordem, é discutir sobre a informática, fazendo o bom uso desde recurso multimodal que ajuda as pessoas a desenvolver suas tarefas no dia - a - dia da vida moderna, pois o computador, a internet, a Intranet o pendriver, mp4 e outros nomes da atualidade fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas no mundo todo, afetando diretamente na vida dos individuos, auxiliando e aproximando as pessoas cada vez mais.
É pertinente levar em consideração o uso da informática nas diversas áreas, em especial na área educacional, pois não se pode mais fechar os olhos para essa moderna ferramenta que auxilia o professor-educador nas suas tarefas diárias, servindo de elo entre a informação e o conhecimento, pois o educador deve fazer uso da informática, em especial da internet, para ajudá-lo a obter informações, que por sua vez será transformada em conhecimento a partir da interação professor – aluno.
Não dá mais para pensar o professor fazendo uso, apenas, do mimeografo e do quadro negro com giz, as céleres mudanças “forçam” esses profissionais a entrarem no mundo digital, pois mesmo que esses não queiram, eles tem uma clientela que faz uso e muito bem, da internet. Sem contar, com a praticidade que esse veiculo oferece aos seus usuários.
Que os sistemas educacionais de ensino, em especial o estadual, ofereça cada vez mais condições para que os profissionais da educação tenham cada vez mais condições de utilizar os equipamentos tecnológicos na contribuição de suas práticas em sala de aula. Não deixando os alunos a mercê, apenas do quadro negro e do pó de giz, mostrando, portanto, que a escola não está há um século atrás, mas sim, andando lado a lado com evolução tecnológica.